terça-feira, 10 de maio de 2011

O que é a vida?

Enquanto muitos vivem a viva pensando nas mesmas teorias utilizadas no barroco de "carpe diem", onde posso fazer tudo aquilo que quero, que tenho vontade, sendo que muitas vezes, muitas nao, praticamente todas as vezes eu nao faço o que quero e sim aquilo que querem que eu faça! Quem realmente estou sendo? Estou sendo egocêntrico? Estou pensando no meu bem? Estou pensando nos prazeres da minha carne? Ou estou pensando no que vem pela frente?
O que vem pela frente pra voce? É mais um dia de aula ou de trabalho? Mais um dia em que vou acordar cedo e preparar o café do meu esposo, ou comprar o pão fresquinho pros meus filhos? Mais um dia que a rotina saberá o que fazer, porque já se tornou tao normal que nem faço mais o que costumo fazer, já o faço ligado ao botão automático.
O que vem pela frente pra mim? Ah, o que vem pela frente pra MIM? Eu, mera mortal da qual sofro dos mesmos problemas que tu. Sigo uma rotina, mas dentro dessa rotina eu procuro fazer algo novo, algo que nao satisfaça os prazeres da minha carna pecadora e sim da minha alma sedenta. Procuro através dos dias metódicos em que levo, fugir de mim mesma através dos defeitos e manias que me acercam. Procuro procurar aquilo que nao sao todos que conseguem alcançar... Procuro a salvação eterna.
Aqueles que crêem no que eu creio entendem quando eu digo disso, apesar de nao levar o texto para isso, eu quero finaliza-lo deste modo, desejando a mim e a todos que nesse mundo vivem uma paz eterna que só será possível quando largarem tudo o que fazem, abandonarem a rotina que os persegue e mudar a vida de alguém, com um bom dia? Com um abraço? Com um eu te amo? Na hora certa voce saberá.














segunda-feira, 9 de maio de 2011

Amor relativo

O que de fato significa a palavra relatividade? Confesso que não sou expert em palavras das quais não costumo usar no meu dia a dia, mas essa palavra conheço o suficiente para este post.
Eu sempre sonhei em um dia simplesmente olhar um cara na rua e me apaixonar por ele a primeira vista, ficar louca por ele e ele por mim. Que pudessemos viver uma intensa paixão, que nos entregassemos um ao outro sem medo de nada, que fizessmos amor até o dia raiar, que brigassemos, mas que ele no mesmo instante me tomasse nos braços, disesse que eu estava sendo boba e que ele amava somente a mim e me desse um beijo expetacular, iguais de cinema, que pudessemos casar e ter filhos e mesmo depois de tantos anos a mesma paixão estivesse viva em nós dois. Mas nem tudo é assim.
Eu sou apaixonada por uma pessoa. Muito apaixonada. Namoro ele já tem um ano e ele disperta algo muito forte em mim. Porém ele não foi o cara da rua que eu sempre quis conhecer. Me apaixonei por ele muito tempo depois de ter começado a namora-lo, e ele sempre fora por mim, sempre me pôs na sua vida como prioridade e me sentia mal por isso. Hoje me vejo louca por ele, aprendi a amá-lo muito e isso me faz crer que o amor é relativo.
Relativo, pois ele esteve sempre perto de mim e nunca o havia percebido no meio daquelas outras pessoas; relativo, pois o amor que idealizei, mesmo não tendo acontecido comigo, não passa de um sonho e a minha reaalidade é tão bom quanto ou muito melhor do que a idealizada.
Eu o amo, tem tempo que não o digo isso, mas o amo. Muitas vezes não demonstro isso a ele, é o meu jeito, infelismente, mas eu o amo e isso o que importa, certo?

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Mais um dia

O tempo corrido em que tenho vivido nos últimos tempos me veem impedido de postar. As vezes até tenho medo de estar com menos vontade de escrever, talvez com menos inspiração, mas logo percebo que esse amor, essa paixão que vem comigo desde pequena não me largará tão facil assim. Por mais que eu não tenha tempo, não queira escrever, o impulso de escrever inúmeras vezes o meu próprio nome numa folha de papel em branco me comprova que nasci pra isso.
Tenho uma história iniciada no word do meu computador, mas me falta... tato pra continuá-la. Perdi um pouco do tesão que sentia em escrever e em ler, talvez essa seja correria e o cansaço de ser uma pré-vestibulanda, mas logo voltarei a escrever livros, seja da vontade dos meus "fãs" ou não.
Amanhã completaria um mês que eu não postei nada aqui, tudo bem que sei que ninguém lê, mas queria ter o dever de escrever pelo menos um post por dia. Tentarei, mas não posso prometer isso a mim mesmo nem a alguém que talvez leia isso.

segunda-feira, 28 de março de 2011

quinta-feira, 24 de março de 2011

O fim do começo.

O que acontece quando tudo o que você planejou para o futuro acaba de parecer não ser absolutamente... nada?
Todos os planos, todos os sonhos criados em cima de alguma coisa, de um certo ponto, simplesemente não faz mais sentido? O ponto de equilíbrio que um dia você achou que fosse te sustentar pra sempre, magicamente afundou entre suas lágrimas de desespero e agonia.
O medo do amanhã, daquilo que é obscuro na nossa vida, o futuro, aflinge a todos aqueles que não tem certeza do que desejam que o sol traga na manhã seguinte a raiar.
Antes imaginava que tudo não passava de um amor, de uma paixão, de uma amizade destruída, mas vejo hoje que o mundo passa muito.. muito além disso.
A vida é feita de escolhas, escolhas de pessoas indecisas ou decididas, escolhas de pessoas sentimentalistas ou realistas, escolhas de pessoas, de seres humanos que tem o direito de errar. A sensatez que aparentamos ter pode desaparecer em um piscar de olhos, a sua vida pode mudar completamente com apenas uma palavra: não.
Não é isso que quero pra mim, não é isso que quero para o meu futuro, não me vejo fazendo isso, não desejo isso a ninguém, não vou me deixar ir por algo que não me levará a nada... não, não, não, não.
A palavra que ouvíamos como uma forma ruim de bloquiarem-nos a fazer o que queríamos quando não passavámos de crianças, adolescentes ingênuas e sem responsabilidades, mas hoje é a palavra que pode mudar o destino de nossas vidas, a palavra que nos levará ao sim: sim, eu quero isso!
Mas como saber o que é o certo ou o errado? Não posso apenas seguir o meu coração, a minha vontade no momento e agir por impulso. Posso chegar no final de minha vida, olhar pra trás e dizer: eu fiz errado, minha escolha foi equívoca, e agora? Ou então não. Posso, e devo, olhar pra trás e dar um pulo de alegria: escolhi o homem certo, escolhi a profissão certa, escolhi a casa, a cidade, a escola dos meus filhos, escolhi a vida que sempre quis viver... Mas hoje, isso não passa de um futuro que por mais perto que esteja, ainda está muito longe aos olhos de quem não sabe nem o que quer ser quando crescer.
E é por isso que tenho que aprender a viver o hoje, e não viver o amanhã, pois o hoje para o amanhã já será passado, e o passado não tem como mais ser vivido.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Eu te amarei.

Eu estava sentado na varanda de minha casa, de frente ao rio que cortava minha cidade em duas. Ela morava do outro lado do rio, bem no extremo do outro lado, mas isso não nos encomodava.
Eu confesso que não sabia ao certo o que eu faria quando ela se fosse, não que eu não estivesse feliz por ela, mas era claro que eu estava, mas o que seria de nós, ou melhor, o que seria de mim sem o sol de minha vida?
Ela estudara durante quatro anos pra passar no tão desejado vestibular do outro lado do país, pra Medicina era o que ela queria. Eu já havia me formado em Engenharia Elétrica não fazia nem um ano e já trabalhava na área quando me vi sentado na varanda de minha casa.
Levei um susto quando meu irmão mais novo gritou alguma coisa de dentro de casa, olhei pela porta de vidro e o vi acenando pra mim. Levantei e fui ver do que se tratava. Era um telefonema dela.

Peguei meu carro e fui até a sua casa. Ela estava na porta me esperando. O brilho de seu olhar não estava como antes, o seu sorriso que iluminava minhas noites estava apagado, o seu perfume estava o mesmo, mas havia algo de errado.
Ela me olhou no fundo dos olhos e eu a olhei também. Começamos a chorar. O que seria de nós?
Abracei-a, abracei-a forte e com todo o amor que pude. Tentei mostrar pra ela o quanto eu a amava, e o quanto eu sentiria falta dela.
- Amanhã de manhã.
Eu não respondi nada, não tinha resposta. O fim estava próximo, sabíamos disso, só não queríamos ter de admitir.

Juramos esperar pelo outro, juramos que seria eterno, e juramos casar um dia, ter filhos, netos, uma vida juntos, pois não haveria vida sem o outro.
Jurei ir um mês vê-la e no outro ela viria, faríamos isso até o final do curso, até o dia em que eu a trouxesse de volta de vez.

Carta número 107, não tem como esquecer.
Trocávamos cartas sempre. Uma chegava, logo respondíamos e no outro dia já mandávamos de volta.

"Querido,
não sei como vou passar para o papel tudo o que quero que saiba, tudo o que estou sentindo nesse momento.
Tudo o que vivemos um dia...
O meu amor por você foi...
Ah, eu te amo.
Mas tem algo que você precisa saber... Ontem, quando eu acordei, pensei em você como em todas as outras manhãs. Perguntei a mim mesma o quanto você pensava em mim. Peguei a caixa em que guardo suas cartas e ao lê-las percebi o quão forte é o seu sentimento por mim. Não ache que eu não dou valor a isso, pois eu dou, e é por isso que pensei muito a respeito de nós dois.
Sabemos que aquele casal não existe mais, digo, aquele jovem casal... Agora eu percebo que tenho que amadurecer pra tentar ser alguém. Eu pensei que passar era o mais difícil, mas não, ficar é muito pior (E já estou eu aqui tagarelando como sempre).
Eu sou uma mulher agora, e você é um homem.
Eu não posso mais ficar só, eu preciso de alguém aqui do meu lado.
Me perdoe... se fiz errado. Mas eu mandei seu currículo pra uma empresa de energia elétrica ha 2km da minha casa.
Provavelmente eu te assutei até aqui, mas é porque eu também fiquei assustada quando cheguei a conclusão que tive ontem de manhã.
Hoje, quase que agora, eu recebi a resposta da empresa.
Você quer casar comigo?

Da sua eterna, Camilla."

Peguei o primeiro voo pra onde ela estava.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Você pra sempre.

Eu só quero estar no seu pensamento, dentro dos seus sonhos e do teu olhar. Tento te amar só no meu silêncio, num só pedacinho de mim. Eu daria tudo pra tocar você, tudo pra te amar outra vez... Já me conformei, vivo de imaginação só não posso mais esconder...  Que eu tenho inveja do sol que pode te aquecer, eu tenho inveja do vento que te toca, tenho ciúme de quem pode amar você, quem pode ter você pra sempre. (L)

por @SandyLeah

Inspiração

Cada um apresenta sua própria forma de inspiração, apresenta a sua musa inspiradora, e ainda aquilo que a faz ter inspiração.
Acordar no meio da noite com uma puta inspiração só me ocorreu duas ou tres vezes, mas lhe confesso que quando isso aconteceu eu logo peguei um papel e uma caneta e pimba! Saiu uma história que pode ou nao ter originado um livro.
Algumas pessoas que sentem inspiração num ato sexual, quando esta quase lá surge a merda da inspiração de... Escrever um livro, um conto, uma música e por um vicio que nasceu com ele/a o extinto é deixado de lado e a paixão por escrever lhe mata o desejo.
Perguntaram-me uma vez o que eu sentia quando estava com inspiração e ao parar pra pensar eu conclui que nao tem um sentimento definido. É uma louca vontade de escrever sobre algo que muitas vezes voce nao sabe o que é, mas a vontade faz sua mao coçar, sua respiração mudar de ritmo, sua boca se contrair e acabar mordendo-a de ansiedade e voce só precisa de duas coisas: um papel e uma caneta.
As vezes o que voce escreveu ficou tao ruim que nao sai da sua gaveta e já outras vezes fica tao bom que vira best-seller.
Aqueles que sao bons com números ou com tabelas periódicas tentam sentir aquilo que só nós sentimos, mas jamais sentirão... Esse vicio, essa paixão nasce com cada um que escreve e ninguém tira isso de nós.
O vicio é tao grande que quando ficamos muito tempo sem escrever nada ficamos em abstinência, necessitamos de uma louca inspiração pra botar pra fora tudo o que estava guardado.
Escrever é um dom, um presente, algo que ficará ate o fim dos tempos com aqueles que nasceram para isso, pra escrever.

sábado, 19 de março de 2011

Ser cristão.

Se dizer cristão não basta, pelo menos não a mim, tem que servir.
Fico imaginando se o grande Rei, Jesus Cristo serviu, quem sou eu pra não servir? Tento, com a pouca experiência cristã que tenho, passar a outras pessoas, sejam mais novas, mais velhas ou de minha idade, aquilo que sei. Tento ensinar e mostrar a eles o quão grande e generoso é o nosso Pai.
Sim, NOSSO PAI, pois não és somente meu, como teu também.
No evangelho de João ele diz que todos que receberem a Palavra de Deus em suas vidas, se torna filhos de Deus, mas ele não diz que quem não as recebe deixa-o de ser. Seria um equívoco as pessoas dizerem que só é filho de Deus quem o aceita e que isso está na bíblia, a pessoa não sabe o que estava acontecendo na época em que João escreveu isto.
O cristianismo acabara de ser lançado, era algo novo e seus fiéis começaram a crescer em tamanho número, porém eram muito perseguidos por aqueles que diziam que o Messias não havia chegado ainda e que Cristo não passava de uma farsa, aqueles que O esperam até hoje. Ao citar isso, João não se esclarece da forma nítida, fazendo com que quem interpreta hoje em dia não entenda; Todos os que aceitam Deus em sua vida se assumem como Seu filho, porém todos nós já somos Seus filhos.
Eu vos pergunto: Se você não aceita seu pai ou sua mãe por algum problema que vocês tiveram, eles deixam de ser seus pais? Eu creio que não.
Deus ama e cuida de todos do mesmo modo, sem escolher um ou outro como preferido, ama a todos de uma forma única e imensa, é o amor que ele sente por você que te sustenta vivo todos os dias, você sabendo disso ou não.
Você aceitando ou não.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Amizade de sexo opostos

Devo confessar que quando imaginei encontrar um melhor amigo, nenhum, jamais chegou aos pés daquele que de fato foi.
Ao deparar com ele no quinto dia do segundo mês do ano 2009 eu nao imaginei que um dia ele pudesse se tornar o que ele se tornou em minha vida.
"Eu vou virar o seu melhor amigo, eu sempre viro" - disse-me ele no começo da amizade e mesmo soando indiferente eu sabia que ele gostava da ideia assim como eu.
Ele sabia de muitos segredos que ninguém mais sabia, ele me ouvia como ninguém mais ouvia, ele me abraçava, me beijava, me amava como ninguém Maia o fazia... Ele se tornou aquele irmão que sempre sonhei em um dia ter, aquele que me defenderia, que cuidaria de mim, que me acolheria em sua cama numa noite de chuva, que faria meus problemas se resolverem com apenas um peteleco na orelha.
As vezes ele me mostrava que me conhecia mais do que eu mesma, ele me mostrava que o meu abismo nao passava de um buraquinho de nada e que sua mão estava do outro lado para me ajudar a atravessar.
Eu já me peguei imaginando como seria morar com ele, somente eu e ele e mais ninguém... Um cachorro talvez, mas dependeria de suas alergias... A nossa casa seria uma mistura de bagunça com falta de organização. Caixas espalhadas, louças para lavar, roupa para pendular... Nao teriamos mais ninguem nos mandando fazer nada, faríamos o que quisessemos na hora que bem pretendessemos.
Teriamos fotos nossas espalhadas pela casa, dentro de nossas carteiras, dentro do carro... Todos perguntariam: " Seu esposo(a)?" e com toda inoscencia responderíamos: " Não, amigo(a)." Achariam estranho? Mas é claro que sim! Mas quem disse que ligaríamos?
Eu traria uma transa pra dentro de casa e ele também, o outro sairia pra deixar o campo livre e quando voltasse ao raiar do outro dia, andaria nas pontas dos pés para que nao acordasse o outro. No outro dia de manha nao iria querer saber os detalhes, faria apenas uma pergunta: "Nao fez shower sex nao, ne?" e o outro responderia: "Claro que nao, Pateta!" e ponto.
Decidiríamos pintar as paredes da sala, pintaríamos mais um ao outro do que a própria parede e o salário dele de professor junto com o meu de publicitaria nao conseguiria comprar outra lata de tinta deixando a parede mal-feita.
Eu andaria com roupas intimas pela casa e ele fingiria nao ver e eu fingiria nao perceber ele me olhando.
Faríamos compras uma vez ao mês, sem ter um fruta ou um legume sequer, apenas arroz, feijão, carne bovina, batata para o purê e bata palha, de resto apenas chips, balas, chocolates, coca-cola... Coisas que nao prestam.
Viveríamos juntos ate um dos dois morrer de morte morrida e outro, logo após, morrer de tristeza.
Mas como isso nao passa de um pensamento, eu sigo minha vida rotineira de vê-lo ao longo da semana nas aulas intediosas do ensino médio, as vezes saindo ou ficando em casa com ele sem muita coisa a fazer; me contentando em ter que dividi-lo com outras pessoas pelo simples prazer de saber que ele nao é somente amado e respeitado por mim, é também por outros.
Eu nao consigo definir ao certo tudo o que sinto por ele, mas sei que ele me faz sentir bem.
E somente isso basta.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Debaixo de chuva.

Ambos estavam tremendo de tanto frio. Ele não se importava tanto com o frio, contanto que ela não sentisse o que ele sentia, por ele estava tudo bem. Ela estava com o casaco dele sobre os ombros e com sua cabeça entre os joelhos. Tudo o que ela não queria naquele momento era ter que olhar pra cara dele.
Ele não parava de se questionar porque ele se tornara tão despresível a ela, ele fez o que ela queria que fosse feito, mas que não tinha coragem de fazer, mas o amor que ela plantara em seu peito ainda estava ali e não queria sair de modo algum.
Ela sentia nojo dele, não sabia como um dia conseguira sentir algo por ele, hoje ela tinha (quase) certeza que nunca o amara, não de verdade.
"Olhe pra mim." exigiu ele. Ela o ignorou. "Olhe pra mim Nicole.". Ela continuou sem olhar. Ele decidiu dizer assim mesmo. "Por que você sempre aje como se tudo fosse minha culpa? Eu que pedi pra chover? Eu mandei o Santo de não sei o que abrir a porcaria da torneira e chover? Eu não te obriguei a subir naquele cavalo e vir até aqui comigo. Eu não quis que as coisas fossem do jeito que foram!" Ela nada disse.
Com a cabeça ali abaixada, ela não parava de pensar em como não queria estar ali. Decidiu encará-lo, mas ao faze-lo, logo se arrependeu. Seus olhos estavam cheios de lágrimas e ele percebeu isso apesar da pouca luz ali.
Ele não disse nada, mas sentiu seu coração desmanchar, a última coisa que gostava de ver era ela chorando.
"Vai dizer que não quis terminar comigo também." ela o fuzilava, mas não com raiva. "Eu fui obrigado, você sabe disso." " Obrigado por quem? Em?" "Obrigado por você." Ela não rebateu, sabia que no fundo aquilo era verdade. Mas se ele a amasse como disse que amava, ele jamais teria deixado ela ir.
"Você não me amava mais, isso estava evidente Nicole. Não tem como negar." "Isso é mentira." "Você sabe que não é, no entanto que o primeiro que apareceu você já agarrou." "Olha lá como fala de mim e do Breno" Ele não disse nada.
"Eu te esperei, Cauã. Te esperei por um ano. E nada." Ela respirou fundo e continuou. "Eu não atendia aos telefonemas quando via que não era você. Eu não sentia vontade alguma de sair. Lia e relia suas cartas, via nossas fotos, pegava na mão as flores dentro da caixa e a medida que elas despedaçavam na minha mão, eu chorava mais. Você não pode usar a desculpa que eu não te amava mais, isso é pura mentira." Ele falou logo em seguida. " E porque você nunca me disse isso? Por que deixou isso inchar?" Ela não respondeu, não sabia o por quê.
" Você fez tudo errado, Cauã, tudo!" "Eu te amei muito, eu te dei carinho, te dei afeto, te respeitei em todos os momentos, te dei tudo o que você queria... mudei por você, mudei meu jeito de falar, meu jeito de agir, deixei meus amigos de lado pra te por em primeiro lugar na minha vida... Como fiz errado? Tentei ser perfeito pra você, o homem dos seus sonhos. O que mais faltou?" Ela respirou, desviou o olhar e logo em seguida olhou dentro de seus olhos. "Faltou você me fazer sentir a mulher mais amada do mundo." Ele não entendeu, ele podia jurar que tinha conseguido isso. "O Breno que me completa, ele me ama incondicionalmente, me faz sentir mulher." Ele virou de costas e passou a mão pelos cabelos. Ela continuou a falar. "Ele dá a vida por mim, não muda por mim, até porque nunca quis que ninguém mudasse por mim, conheci ele do jeito que ele está até hoje, e você deveria ter continuado do mesmo jeito, sem mudar um fio de cabelo."
Ele colocou a mão pra fora e sentiu a chuva. Deu um passo a frente e se deixou molhar. Estendeu os braços ao céu e se virou pra ela.
"Eu terminei, porque senti que você queria terminar mas não conseguia, mas se dependesse de mim nós casaríamos, viveríamos juntos pra sempre! Eu tinha tudo planejado... íamos viver juntos até o fim dos tempos." "E por que você demorou pra me dizer isso?" Ele não respondeu. "O Breno me ama, o Breno dá a vida por mim, o Breno me venera... Mas é você quem eu amo e é com você que eu quero passar o resto da minha vida!" Ela correu aos seus braços e lhe enxeu de beijos pela face.
"Se eu largar ele pra ficar com você, você fica comigo? Pra valer?" Ele olhou dentro dos olhos dela e sorriu, era tudo o que ele queria ouvir. "Isso é um pedido de namoro?" perguntou ele. "De casamento." ela o respondeu.
Eles se beijaram como nunca haviam feito, a chuva escorria pelo corpo dos dois como se não tivesse efeito algum. Eles se amaram, como nunca sonharam amar outro alguém em toda a vida.

domingo, 13 de março de 2011

Desabafo

Tenho medo de me entregar mais uma vez. Vi algumas demonstrações de amor entre pessoas, e me peguei pensando se isso um dia acontecerá entre nós. Não entendo o por quê de você ser do jeito que és, e o por quê do meu coração disparar ao pensar em você.
Sinto falta do seu beijo, do seu cheiro, do seu abraço, do seu silêncio. Sim, do silêncio que ficava enquanto sentíamos um ao outro, sem pronunciar uma palavra sequer. Sinto falta de poder te chamar de meu, mesmo eu nunca ter pronunciado isso, sinto falta de te ter nos meus braços e dizer o quanto eu gostava daquilo.
Queria poder gritar ao mundo o meu amor por você, isso que me aflinge no peito. Por que tem que ser tão difícil?
Me pergunto dia e noite porque é tão complicado, me pergunto se você se sente do mesmo jeito que eu.
Não quero que goste de mim, não quero que me veja como sua menina. Quero que você me ame, que você me deseje mais que tudo, quero que você me veja como a mulher da sua vida, como te vejo sendo o meu homem...
Será que isso é tão difícil?

Um amor de verão.

Tudo o que vivi, senti e sonhei durante aquele tempo, jamais sairá da minha mente, corpo e coração.
Amei com tudo o que podia amar, me entreguei como jamais sonhei em me entregar. Ele me olhava e o mundo inteiro a nossa volta se desmanchava como em cinzas. Não imaginei sentir isso por ele, ou por qualquer outro homem, só ele me amou, cuidou de mim, só ele me fez mulher.
"Eu te amo, Gi." disse a mim quando estava se despedindo. Não tive forças para responder que também o amava. Não chorei na frente dele, não o abracei, nem o dei o último beijo, me faltou força, me faltou coragem para dizer adeus.
"Eu juro que volto, o que aconteceu aqui não foi em vão. Venho te buscar, você ainda vai vim comigo, serás só minha." ouvia-o dizer e meus lábios não se separavam para dizer nada. Ele se aproximou, me beijou e não retribuí.
Toda a nossa história se passou como um flash em minha mente.
Estávamos na praia perto de casa, a chuva não parava de cair, mas isso não nos intimidava. Ele me pegou no colo e me rodou, rodou, rodou... não existia mundo, só existia eu e ele. Ele me pousou no chão e ao pegar meu rosto entre as mãos, disse bem baixo: "Vamos fugir?". "Fugir pra onde, bobo?" "Pra um lugar onde só tenha eu e você." Aquilo não fazia sentido, mas concordei com ele.
Me veio outro momento a mente.
Estávamos dentro do celeiro da casa vizinha a minha, deitados e escondidos. Eu deitei em seu peito e ele mexia em meu cabelo. "Preciso te dizer uma coisa." Fiquei em silêncio. "Não imaginei que fosse me envolver assim com alguém daqui." "Eu imaginei que essas seriam as piores férias da minha vida." "Eu tenho alguém me esperando lá." senti meu rosto gelar. Não disse nada. "Ela se chama Joana, mas não é mais nada pra mim. Pra mim só existe você." Me afastei dele. "Gi, só existe você."
Mais um momento veio a minha mente.
Deitamos no chão do meu quarto. Só estava eu e ele em casa. Meus pais e meu irmão foram pra uma festa. "Quero que você me ame." Ele me olhou nos olhos sem entender. "Me ame." puxei-o e o beijei.
Suas mãos tremulas deslisaram pelo meu corpo, ele beijou o meu pescoço e tirou fora a minha blusa. Eu não tinha certeza se era  o certo a fazer, mas o amor que eu sentia por ele não me fazia sentir medo.
"Gi, fala alguma coisa." o ônibus dele estava quase saindo. Balancei a cabeça dizendo que não dava, tirei a pulseira que ele me dera no meio do verão e lhe entreguei. Ele a pegou na mão e beijou minha testa. "Eu vou voltar, eu te juro."
Fazem 24 anos que ele se foi. Todo começo de verão, mesmo sabendo que ele não volta, eu vou até a rodoviária, fico esperando ele. Sei que não tem como ele voltar, só o vejo nos sonhos, nas lembranças e memórias.
Meus filhos me perguntam quem foi o maior homem da minha vida. Eu minto. E vou ter que mentir pro resto da minha vida. Não é algo que eu me orgulho.
Eu amei um homem em toda a minha vida, e sei que ele também me amou até o seu último segundo de vida.

O fim do conto de fadas.

Não estou aqui pra arruinar a vida de ninguém, muito menos pra tirar o sonho de um sonhador. Minha única e principal função é te provar que tudo o que um dia pensou ser verdadeiro, não passa da mais pura ilusão.
Quando você era pequeno/a, te disseram que existia o cavalo branco e um príncipe viria montado nele, te faria juras de amor eterno e seriam felizes para sempre. Não se esqueça de que sempre tinha uma vilã, uma bruxa, um demônio, qualquer coisa que sempre se dava mal no final, mas quer saber? Nem sempre o bem vence o mau. 
Quando dizem que te amarão para sempre, não acredite, isso é mentira. Quando dizem que não imaginam a vida sem você, na verdade querem dizer que não imaginam a vida sem o seu dinheiro, sem o seus contatos, na primeira oportunidade somem da sua vida e vivem, aparentemente, mil vezes melhor sem você. 
Nos contos de fada, as amigas sempre são as mais verdadeiras, as mais sinceras, que te amam e te ajudam em todos os momentos. Se existem amizades assim? Claro. Mas você provavelmente não tem. Elas são falsas, egoístas e  querem teu mal, mas você dá a vida por elas, põe sua mão no fogo, e o que elas fazem? Te esfaqueiam pelas costas, e sabe por que pelas costas? Porque não têm coragem de fazê-lo olhando nos seus olhos, pois sabem que você jamais faria igual.
Contos de fadas nos contos infantis são uma graça, mas porque continuar iludindo as crianças com essas baboseira? Quando seus dengos crescerem, eles verão que tudo não passou de uma mentira... Os príncipes só querem levá-las pra cama, as princesas têm celulites e estrias, as amizades são cada vez mais falsas, e seus olhos se abrirão para ver o que o mundo tem a lhes oferecer... Um verdadeiro conto sem fadas.

Agradecimento especial

Antes de qualquer postagem, quero agradecer ao meu queridíssimo amigo serrpensante.blogspot.com por ter criado e me insentivado a fazer esse blog. Muchas gracias, Joe, vamos ver no que vai da esse blog!